ABSTRACT
Várias afecçöes neoplásicas, primárias ou näo, podem acometer a órbita. O diagnóstico preciso da natureza dos tumores orbitários é de fundamental importância pois só assim é possível direcionar a abordagem clínica e cirúrgica destas patologias, bem como definir o caráter de urgência do tratamento. Na grande maioria dos casos, a biópsia da lesäo é a pedra angular do diagnóstico, sem a qual a chance de indicaçäo de uma cirurgia equivocada é grande. O tema é bastante complexo e pouco discutido na literatura nacional e será dividido em algumas sessöes. Na nossa opiniäo, uma revisäo extensa da literatura internacional sobre o assunto corre o risco de näo expressar a realidade de nossos serviços de oculoplástica, uma vez que a epidemiologia desses tumores varia de acordo com o local de atendimento. Assim, inicialmente situaremos a freqüência relativa das neoplasias orbitais com base num estudo de 63 lesöes documentadas com tomografia computadorizada e histopatologia. Em seguida, detalharemos dois grupos de tumores orbitais importantes e que podem aparecer imbricados: as infiltraçöes linfóides e os tumores de glândula lacrimal.